Olá a todos.
Gostaria de saber como funciona a suspensão do Xantia de 6 esferas.
Realmente não há nenhum controle eletrônico?
As esferas centrais trabalham junto com a suspensão ou apenas acumulam pressão p/ compensar o sistema?
Existe mudança de rigidez da suspensão?
Que tipo de controle automático ele possui, além da altura constante?
Agradeço por respostas.
Abraços a todos.
Xantia de 6 esferas
-
- Habilitado
- Mensagens: 93
- Registrado em: Qui Nov 02, 2006 12:34 am
- Nome: Bruno-PE
Oi, a suspensão do Xantia é adaptada do sistema hidropneumático simplificado, que estreou no Citroën ID em 1957. O sistema hidráulico hidropneumático funciona com:
- 6 acumuladores de pressão, 4 ligados a cada roda, uma acumuladora central e uma acumuladora dos freios traseiros (chamada às vezes de anti-sink). As acumuladoras em cada roda funcionam como molas e amortecedores.
- Uma bomba de alimentação bipartida: um circuito para freios e suspensão, outro para a direção assistida.
- Uma reguladora de pressão (na qual é fixada a acumuladora central), cujo papel é manter a pressão do circuito de suspensão e freios a +-150 bar.
- Dois corretores de altura, um em cada eixo. Eles são ligados a barra de torção e divertem o óleo hidráulico para a suspensão ou o retorno caso a barra de torção esteja mais ou menos torcida que o usual.
- Uma válvula de segurança, que prioriza, na ordem, i) freios dianteiros, ii) suspensão dianteira, iii) freios e suspensão traseiros, à medida que a pressão ultrapasse um valor mínimo (+-80bar)
- Uma reguladora de freios, que diverte pressão para os freios dianteiros baseada na pressão no pedal e para os freios traseiros baseada na carga da suspensão traseira.
- Duas válvulas "anti-sink", uma em cada eixo. Esta fecha o circuito da suspensão caso a pressão esteja abaixo de um certo valor. Isso evita que o carro afunde quando desligado.
O sistema apresenta como característica principal a rigidez progressiva, a altura constante, e o balanço entre freio dianteiro e traseiro variável de acordo com a variação de peso. O sistema é completamente mecânico.
A rigidez progressiva é obtida pela própria característica das esferas, a componente reativa é feita por uma bolsa de ar dentro da esfera. À medida que esta bolsa de ar é comprimida, a sua rigidez aumenta.
A altura constante é devido aos corretores de altura, uma peça muito simples acoplada à barra de torção com exatamente este fim.
O balanço de freio variável é devido ao dosador de freio, que faz o papel de cilindro mestre de freio do carro. O balanço é devido ao acoplamento do sistema de freio com a suspensão: o dosador diverte mais fluxo para os freios traseiros dependendo da pressão do sistema de suspensão traseiro. Com isto, mais peso sobre o eixo traseiro implica em uma pressão maior de ativação do freio.
Todas estas informações, bem como o funcionamento das versões mais sofisticadas do sistema (como a hydractive 2, hydractive 3+ e o activa) podem ser encontradas neste <a href="http://www.tramontana.co.hu/citroen/guide/guide.php" target="_blank">Guia Técnico Citroën</a>.
- 6 acumuladores de pressão, 4 ligados a cada roda, uma acumuladora central e uma acumuladora dos freios traseiros (chamada às vezes de anti-sink). As acumuladoras em cada roda funcionam como molas e amortecedores.
- Uma bomba de alimentação bipartida: um circuito para freios e suspensão, outro para a direção assistida.
- Uma reguladora de pressão (na qual é fixada a acumuladora central), cujo papel é manter a pressão do circuito de suspensão e freios a +-150 bar.
- Dois corretores de altura, um em cada eixo. Eles são ligados a barra de torção e divertem o óleo hidráulico para a suspensão ou o retorno caso a barra de torção esteja mais ou menos torcida que o usual.
- Uma válvula de segurança, que prioriza, na ordem, i) freios dianteiros, ii) suspensão dianteira, iii) freios e suspensão traseiros, à medida que a pressão ultrapasse um valor mínimo (+-80bar)
- Uma reguladora de freios, que diverte pressão para os freios dianteiros baseada na pressão no pedal e para os freios traseiros baseada na carga da suspensão traseira.
- Duas válvulas "anti-sink", uma em cada eixo. Esta fecha o circuito da suspensão caso a pressão esteja abaixo de um certo valor. Isso evita que o carro afunde quando desligado.
O sistema apresenta como característica principal a rigidez progressiva, a altura constante, e o balanço entre freio dianteiro e traseiro variável de acordo com a variação de peso. O sistema é completamente mecânico.
A rigidez progressiva é obtida pela própria característica das esferas, a componente reativa é feita por uma bolsa de ar dentro da esfera. À medida que esta bolsa de ar é comprimida, a sua rigidez aumenta.
A altura constante é devido aos corretores de altura, uma peça muito simples acoplada à barra de torção com exatamente este fim.
O balanço de freio variável é devido ao dosador de freio, que faz o papel de cilindro mestre de freio do carro. O balanço é devido ao acoplamento do sistema de freio com a suspensão: o dosador diverte mais fluxo para os freios traseiros dependendo da pressão do sistema de suspensão traseiro. Com isto, mais peso sobre o eixo traseiro implica em uma pressão maior de ativação do freio.
Todas estas informações, bem como o funcionamento das versões mais sofisticadas do sistema (como a hydractive 2, hydractive 3+ e o activa) podem ser encontradas neste <a href="http://www.tramontana.co.hu/citroen/guide/guide.php" target="_blank">Guia Técnico Citroën</a>.