Matéria: Modelo robusto com manutenção “elevada”

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vgmarques
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#1

Mensagem por vgmarques » Sáb Nov 03, 2012 11:39 am

Pessoal,

achei essa matéria, antiga, sobre o Picasso. Achei legal porque mostra as partes mais afetadas quando chega por volta dos 70.000 Km.

Coisas que me chamaram a atenção:

- A possibilidade de substituir a bandeja do Picasso pela do ZX, que possui pivô substituível.
- Famoso barulho do escapamento.
- Uso do óleo 5w40
- Tipo de aditivo do radiador (usar o amarelo)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Texto: Gerson Campos
Foto: Omar Matsmoto


A Citroën ficou famosa por ter revolucionado o mercado automotivo com soluções de engenharia. Na linha de suspensão a marca criou o sistema hidropneumático, popularizada em 1954, com que as molas mecânicas tradicionais são substituídas por dois fluidos: um líquido (óleo mineral) e um gás (o azoto). A fama de ousadia no design é justificada quando, no início dos anos 20, a marca substituiu a carroceria de madeira pela de aço nos modelos B10, em 1924. O freio a disco também surgiu, por meio da marca, em 1955. Na época, a francesa aplicou discos no modelo Citroën DS.

Atualmente, os modelos da Citroën na Europa só faltam falar sozinhos. Diagnósticos on-line, acompanhamento das condições de trabalho do motor durante todo o funcionamento e sistema de segurança ativa avançado.

No Brasil a história é um pouco diferente. A tecnologia encontrada aqui não é similar à européia e as condições de reparação não são as mesmas. De acordo com a pesquisa Montadoras e Veículos - Recomendação Profissional - a Citroën tem baixa recomendação pelo mecânico, embora seja a marca francesa que registra o menor índice rejeição se comparada com suas compatriotas. A principal justificativa, para deixar a fabricante com pontos negativos é a dificuldade de encontrar peças e informações.

Nesta edição resolvemos passar a limpo o conceito da Citroën diante do mercado de reparação independente. Analisamos um Citroën Xsara Picasso 2.0 16V com 68 000 km rodados. A minivan é o segundo carro francês (na edição passada conferimos o estado de um Renault Scénic) a ser o alvo de nosso teste.

A conclusão é pouco animadora para os donos dos carros. Embora o Xsara Picasso não seja propriamente um bibelô frágil, como dizem alguns, pois pudemos comprovar que apresenta uma resistência considerável em nossa avaliação. O custo da manutenção é elevado, isso graças aos preços das peças de reposição, sejam elas originais e adquiridas nas revendas da marca ou as oferecidas nas autopeças do mercado independente.

Motor

Na fase inicial da avaliação do propulsor, o engenheiro Paulo Aguiar verificou a necessidade da troca das velas de ignição, já que o carro se aproximava dos 70.000 km e teve as peças trocadas apenas uma vez, perto dos 30.000 km. Como a minivan conta com cabos de vela acoplados à bobina de ignição, em uma única peça, é necessário remover todo esse conjunto. Essa característica representa uma vantagem do ponto de vista técnico, já que acontece menos fuga de corrente durante a transmissão da tensão. Porém, quando ocorre algum avaria, o custo do reparo é maior. No caso do veículo avaliado não foi necessário substituir o item. Se fosse preciso trocar, em virtude de alguma falha na bobina ou fuga de corrente nos cabos, o proprietário do veículo teria de desembolsar R$ 386,45. Na etapa seguinte, foi feita a verificação dos bicos injetores. Curiosamente para um carro com essa quilometragem, que nunca passou pela limpeza das peças anteriormente, havia uma diferença de vazão muito pequena entre os injetores, corrigida rapidamente. Nesse caso, vale uma explicação da proprietária do carro, Gláucia Miguel: Costumo sempre abastecer em um posto de minha confiança, pois já tive problemas com a bomba de combustível em outros dois carros, explica ela. A gasolina aditivada mantém os bicos limpos e evita o acúmulo de sujeira, explica o engenheiro Paulo Aguiar, da Engin.

De acordo com o manual do proprietário, a Citroën recomenda a troca de óleo e filtro de combustível a cada 15 000 km e indica a redução do tempo pela metade no caso de uso em condições severas (tráfego intenso, percursos em estradas de terra, etc.).

O ideal, contudo, é que a troca seja feita a cada 5 000 km se o carro for usado na cidade de São Paulo, por exemplo. A especificação do fluído deve ser 5W40 (sintético) ou 15W40 (mineral).

A correia Poli V, com 20 mil quilômetros de uso, foi retirada, verificada e aprovada. Já a correia dentada e o tensionador foram substituídos (a marca francesa recomenda essa operação com 60 000 km).

Freios

A minivan teve as pastilhas trocadas. As peças originais saem por R$ 239 e as oferecidas no mercado de reposição são encontradas a R$ 120. Os discos de freio também foram substituídos, pois estavam com apenas 18 mm de espessura. Segundo a Fremax, o valor mínimo para rodar com segurança é de 18,6 mm. Na comparação entre original e paralelo, o preço apresentou uma enorme variação: respectivamente R$ 505 e R$ 83. Apesar da alta quilometragem para um carro 2003, (quase 70 mil quilômetros) as lonas de freio ainda tinham vida útil a ser explorada, embora nunca tenham sido substituídas. Essa situação pode ser explicada pela declaração da proprietária, que usa o veículo com freqüência em estradas, o que solicita menos as lonas. Também foi trocado o fluído de freio (Dot 4) e regulado o breque de estacionamento.

Suspensão

Sem dúvida a parte da suspensão foi a mais prejudicada durante os 68.000 km rodados. Foram trocados os quatro amortecedores que, já sem ação, comprometiam a segurança e o conforto. O valor de cada peça dianteira original fica em R$ 303 e as traseiras saem por R$ 334. Já as vendidas no mercado de reposição custam R$ 150 - para o conjunto dianteiro - e as traseiras são mais baratas ainda, R$ 100. Os batentes dianteiros também deram lugar a outros novos, enquanto as bandejas foram trocadas, pois apresentavam buchas rasgadas, o que ocasionava barulhos fortes, principalmente em lombadas. Preços: originais, R$ 616; reposição, R$ 300. Outro problema, encontrado também em alguns modelos da Peugeot e da Renault, foi o coxim superior dianteiro quebrado. Mas é preciso avaliar o custo/benefício durante a escolha pela peça original (R$ 109) e a oferecida pelo mercado de reposição (R$ 58). No Picasso, colocamos uma peça paralela e, quando fomos testar, o carro trepidava demais em marcha lenta. Trocamos por uma original e o problema foi resolvido, esclarece Paulo Aguiar, o responsável pela reparação do veículo.

De acordo com Alberto Martinucci Junior, da Motorfast, empresa paulistana que tem a maior parte da clientela composta por carros de origem francesa, a bandeja do Picasso pode ser substituída pela do Citroën ZX que, apesar de ter desenho diferente, possui os mesmos encaixes, tem a vantagem de ser mais barata e permite a troca do pivô, o que não acontece com a peça do Picasso. Outro barulho comum também tem seu macete para ser solucionado: o escapamento com som de lata batendo é conseqüência de partes internas soltas, que devem ser soldadas. Clique aqui para ver a Ficha Técnica.

Atenção na colocação do aditivo

O reparador deve prestar atenção à especificação do aditivo de radiador, que apresenta coloração amarela nesse veículo. Basicamente existem dois tipos de aditivos, os orgânicos e os etilenos glicóis. Se os líquidos de famílias diferentes forem misturados, podem ocorrer diversas complicações ao funcionamento do motor: borra no sistema de arrefecimento, entupimento da bomba de água, alteração do funcionamento da válvula termostática e erro na leitura do sensor de temperatura. Os aditivos produzidos para os automóveis fabricados antes de 2001 eram compostos por aditivos etilenos, todos de coloração azul. Por causa das leis ambientais, as montadoras tiveram de iniciar a produção de líquidos orgânicos. Cada fabricante adota uma empresa de aditivo e uma tonalidade. Por isso, é ideal seguir a composição indicada no manual.

Dica 2

O Citroën Picasso possui dois reservatórios de fluído de freio. O primeiro, de difícil acesso, está sobre o cilindro mestre, junto ao painel de fogo. A marca, então, optou por colocar um outro reservatório ligado ao primeiro por meio de uma mangueira. Graças a isso, a operação de complemento do líquido é bem mais fácil. É recomendável sempre verificar a mangueira que faz essa ligação, pois pode ficar ressecada com a ação do tempo.
Editado pela última vez por vgmarques em Sáb Nov 03, 2012 11:42 am, em um total de 1 vez.


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#2

Mensagem por rgdl » Qua Nov 07, 2012 12:22 pm

Muito legal isso.

O óleo é exatamente o que eu uso, 5w40 sintético. Acea A3 e API SL. Muito bom Petronas Selenia Perform 5w40, recomendo.

Recomendo também o uso aditivo Bardal B12, embora ele engrosse um pouco o óleo ele cria uma pelicola protetora no motor.

Só não entendi a razão de exigir cor específica para o aditivo do radiador, já que o que importa mensmo é o elemento químico. A coloração existe mesmo só para facilitar a identificação de vazamentos. Ajudou no meu caso, porque pude ver facilmente um vazamento no tubo (o fininho) que liga o reservatório ao radiador... estava lá o borrão rosa.

Essa de substituir a bandeja do Picasso por de um outro modelo da PSA eu já conhecia, aqui no forum mesmo eu já tinha lido isso. Mas se não me engano o modelo que se sujeria era do 206. Eu ficava com a pulga atrás da orelha porque o 206 é um carro mais leve que o Picasso, não sei se iria aguentar o peso.

Mas a do ZX é outra conversa já que o Berlingo também usa a mesma bandeja e o Berlingo é um carro tão pesado quanto o Picasso e ainda possui uma versão utilitário. Isso é um caso a se pensar.
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#3

Mensagem por wionax » Qua Nov 07, 2012 2:33 pm

Quando comprei minha nave, ela ja estava com 90 mil. Segundo meu mecanico, o motor já precisa de um 15w 50, para um motor ja cansado. Segundo ele o 5w 30 so quando esta bem novo.
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#4

Mensagem por rgdl » Qua Nov 07, 2012 3:07 pm

Mecanico tem dessas lendas. Querem tampar folga no motor com óleo grosso.

Isso além de não adiantar com o passar do tempo é até prejudicial. Isso porque simplesmente o óleo grosso vai demorar para lubrificar as peças do motor, 1 segundo que demore a mais já faz um estrago e tanto.

Vejam esse artigo muito interessante : <a href="http://www.lucheti.com.br/artigos/20_dicas_de_oleo.pdf" target="_blank">20 dicas de óleo</a>

Quem quiser usar um óleo mais grosso, na minha humilde opnião, o ideal é usar o 10W40 em conjunto com o Bardal B12. O Bardal B12 engrossa um pouco o óleo e cria uma pelícola protetora.

Agora não se deixe enganar, folga de motor não se resolve com óleo grosso se resolve com retífica.
Editado pela última vez por rgdl em Qua Nov 07, 2012 3:22 pm, em um total de 1 vez.
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#5

Mensagem por wionax » Sex Nov 09, 2012 1:59 am

Pois é....tambem pensei nisso... Problema é que o carro ja usa agora o 15w50 e pelo que sei, se mudar para o 5w30 pode ocorrer problemas com as folgas. Qualquer dia desse as vezes eu tento.
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#6

Mensagem por rgdl » Sex Nov 09, 2012 6:05 am

Pois é Warley, acho que o antigo proprietário do meu também usava óleo mais grosso, tanto que quando coloquei o 5W30 me assustei com o consumo de óleo, em 4 meses já quase não tinha óleo.

Troquei pelo 5W40 o consumo ficou menor, mas continuava. Estabilizou depois que coloquei o Bardal B12.

Tenta essa combinação que fiz Óleo Selenia Perform 5W40 (ou outro 5W40 de qualidade) + Bradal B12.
Editado pela última vez por rgdl em Sex Nov 09, 2012 6:17 am, em um total de 1 vez.
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#7

Mensagem por vgmarques » Dom Nov 11, 2012 12:52 pm

[quote name='rgdl' date='Nov 7 2012, 11:22 AM' post='19393']
Essa de substituir a bandeja do Picasso por de um outro modelo da PSA eu já conhecia, aqui no forum mesmo eu já tinha lido isso. Mas se não me engano o modelo que se sujeria era do 206. Eu ficava com a pulga atrás da orelha porque o 206 é um carro mais leve que o Picasso, não sei se iria aguentar o peso.

Mas a do ZX é outra conversa já que o Berlingo também usa a mesma bandeja e o Berlingo é um carro tão pesado quanto o Picasso e ainda possui uma versão utilitário. Isso é um caso a se pensar.
[/quote]

Tem um tópico aqui que debatemos bastante sobre isso.

Acabei me convencendo que seria melhor usar a do Picasso, porque ele é bem maior que o ZX. Mas não sabia que o Berlingo usava!!!

Agora, na próxima troca de bandeja, vou usar a do ZX...
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#8

Mensagem por rgdl » Dom Nov 11, 2012 5:19 pm

É Vinicios M, eu também debati nesse post que vc falou e também era contra o uso da bandeja do ZX no Picasso, mas até então desconhecia que o Berlingo usava a mesma bandeja.

Mudei de opinião também.
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#9

Mensagem por wionax » Seg Nov 12, 2012 3:17 am

Pois e rgdl, acha melhor tentar 5w30 com B12?
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#10

Mensagem por rgdl » Seg Nov 12, 2012 8:54 am

Warlei, se vc quer usar óleo mais fino use o 5W40 com B12, pois o 5W30 é fino demais para esse motor.

Pode ser o Total 9000, O Selenia Perform 5W40 ou o Lubrax Supera 5W40, estes dois últimos bem mais baratos que o Total 9000.
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